terça-feira, 29 de setembro de 2015

O VALOR DO VAZIO

O VALOR DO VAZIO

Para receber algo novo, esvazie-se do antigo.
Para pegar algo diferente, suas mãos precisam estar livres.
Para conhecer alguém novo, é necessário não estar preso a relacionamentos passados.
Para receber pessoas em sua casa, é preciso que sua porta não esteja congestionada.
Para caminhar livremente, retire tudo que é velho de tua estrada.
Para conhecer mais e melhor, esvazie sua mente de todas as ideias e crenças obsoletas.
Para expressar livremente o amor, abdique de todas as mágoas, ciúmes, ressentimentos e culpas passadas.
Solte tudo o que você possui, libere sua consciência de todos os resíduos antigos, esvazie-se de qualquer roupagem passada.
O diferente, o novo, o inabitual, o inesperado só surgem quando nos libertamos do que já passou.
Abra mão do que já se foi, do que teve sua época mas está defasado, pois só assim a renovação virá.
A flauta só toca no espaço vazio, o rio só flui sem barragens e destroços, um caminho só pode ser percorrido quando o encontramos vazio de obstáculos.
Esvazie-se do supérfluo para dar lugar ao essencial.
O vazio é o espaço da receptividade e da criação. Não se pode criar onde algo já existe.
É necessário desconstruir o antigo, abrir espaço ao vazio e depois construir o novo.
Não deseje sempre abarrotar sua vida com milhares de coisas.
Pois isso pode ser uma tentativa de evitar o vazio.
Ninguém pode preencher seu vazio sem antes aceita-lo dentro de si.
Mas é no vazio onde tudo se faz, se cria e se desenvolve.
Aceite o vazio sem medo… acolha a ausência sem apego.
É no vazio que encontramos a verdadeira liberdade;
É no vazio que enxergamos melhor a vida e a nós mesmos.
E quando nada mais te sobrar; quando você abrir mão de tudo, se desprender de tudo,
E tua vida cair num profundo e pleno vazio,
Entregue-se com fé, pois aí estará tudo… aí estará Deus.

(Hugo Lapa)

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